O ponto de partida da nossa história é a primeira reunião do Grupo, mas que tem como plano de fundo uma longa articulação entre militantes de Teresina e Parnaíba. Em finais de Maio e início de Junho, através de redes sociais, militantes se conhecem e começam a trocar experiências e ideias acerca do que seria o GEAPI, a sua metodologia de trabalho, etc. Eis que em meados de Junho, barricadas se erguem nas principais cidades do país; começam assim as manifestações de Junho. Ainda na organização, tod@s @s anarquistas sessam momentaneamente as discussões e partem para a colaboração na construção dos eventos, passeatas, e manifestações.
Quando toda a movimentação se dissipou, e ainda extremamente positivos ao futuro próximo, percebemos ainda mais a necessidade de construirmos pelo menos uma organização que conseguisse aglomerar anarquistas de todo o Estado. E sendo definido os aspectos básicos do Grupo, é marcada em Parnaíba, após um fórum popular sobre transporte público, a primeira reunião do Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí. Foi a primeira de uma série quase ininterrupta de estudos e debates sobre o anarquismo, entre trabalhadores e estudantes.
Após alguns meses as reuniões já não eram“suficientes”, e expandimos; desenvolvemos inúmeros eventos, sempre pautando pela horizontalidade, classismo e combatividade, garantias estas inalienáveis dentro da organização. De todas elas, tanto realizadas em Teresina quanto em Parnaíba, é impossível não citar o I CONAPI, Congresso Anarquista do Piauí. Antes isolados, contatando companheir@s pela internet, construindo e auxiliando estes indivíduos e coletivos, nos deparamos com boa parte deles neste evento. Por 3 dias, conversamos, aprendemos, ensinamos, colaboramos, conhecemos e vivemos juntos com camaradas das mais diversas localidades do país. A experiência do CONAPI foi algo surpreendente para tod@s do GEAPI, que saíram extremamente revigorados, reatando seus laços com a luta anarquista, e vendo com os próprios olhos que a luta anarquista se desenrola em várias partes do país.O evento foi um divisor de águas para os ácratas piauienses.
O pós-CONAPI trouxe uma avalanche de novos integrantes, ideias e perspectivas pessoais e coletivas, e destas, colhemos frutos até hoje; expandimos nossa atuação, nossa voz, nossos desejos e nossa organização. Não foi um movimento que se encerrou em si; novas propostas surgiram e surgem diante do processo de educação mútua que sofremos no CONAPI; CONAPI este que terá segunda edição em 2015, e o anúncio oficial de lançamento do evento sairá em breve.
O dia de hoje para nós não significa somente 1 ano de existência, mas também um ano de estudos, de auto-organização das mais diversas pessoas em um grupo anarquista, minando e colaborando ativamente para aquietar as mentes devido a sensação que sentimos ao comer, e saber que existem muitas pessoas sem comer, ao olhar para um trabalhador, e ver em suas rugas e no seu suor o resultado de anos de trabalho, ganhando em troca somente o que permite garantir a própria sobrevivência e de sua família, enquanto seu patrão come, bebe e vive plenamente, ao ver tantas e tantas pessoas tão miseráveis que reduzem a esperança de uma vida melhor através da fé neste ou naquele candidato. Dedicamos e dedicaremos todos os segundos da militância dentro e fora do GEAPI à estes indivíduos, historicamente castigados e sacrificados para garantir a alegria e bem-estar alheio. O que desejamos, do fundo de nossos corações, é que este bem-estar e alegria sejam partilhados a todos; que as riquezas sejam de todos, e que ninguém mais viva do trabalho de outra pessoa; que tod@s tenham o poder de decisão, de escolha; que tenham as mesmas possibilidades de desenvolvimento, a mesma igualdade e a mesma liberdade.
Talvez todas as nossas intenções não se realizem enquanto estivermos em vida, porém, morreremos com a certeza de termos colaborado ativamente na derrubada do muro que impede a sociedade viver em harmonia, e se daqui anos ou décadas algum grupo se forme, e venha dar sua colaboração para a demolição deste mundo de desigualdade e injustiça, seremos lembrados, assim como o guerreiro Mandu Ladino, Como os camponeses da Batalha do Jenipapo, como os operários paupérrimos da República Velha, como Antônio de Pádua Costa, e como tod@s aqueles que ousam lutar contra toda e qualquer forma de dominação e exploração.
Agradecemos cada email, cada mensagem enviada para nosso perfil nas redes sociais, cada compartilhamento, cada visualização, cada apoio e cada esperança que junto com outras esperanças, esperanças de um mundo melhor para tod@s, formam o GEAPI.
VIVA A ANARQUIA!
VIVA O GEAPI!
O POVO VENCERÁ!
Anarquia vive e prospera!!!
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