segunda-feira, 30 de junho de 2014

[PARNAÍBA] 1° Cine Anarquista de Parnaíba


É com alegria que o GEAPI - Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí convida a tod@s para o 1° Cine Anarquista de Parnaíba.

O intuito do evento é utilizar as obras cinematográficas apresentadas para a demonstração e reflexão do movimento anarquista ao longo da história, indo desde os primeiros embates entre a classe operária e a burguesia na Europa do século XIX até a atualidade.

O evento ocorrerá no dia 12 de Julho de 2014, no Auditório da UESPI de Parnaíba, das 08:00h às 18:00h.
A programação dos filmes será esta:

PELA MANHÃ (08:00):
• Germinal (1993)
170 min. Legendado.

• Libertários (1976)
27 min. dublado.

PELA TARDE (14:00):
• Libertárias (1996)
125 min. Legendado

• Da Servidão Moderna (2009)
52 min. Legendado.

Tod@s são muito bem vind@s para construir e participar do 1° Cine Anarquista de Parnaíba!

Para mais informações:
- Facebook: http://zip.net/bknTsf
- Site: http://zip.net/bwnQSp
- Email: geapi.phb@riseup.net
- Evento no Facebook: http://zip.net/bjnTgR

Cartaz do evento

quarta-feira, 25 de junho de 2014

[TERESINA] Roda de Diálogo - Educação e Anarquismo: Pedagogia Libertária e Movimento Estudantil



O Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí (GEAPI) realizará no próximo dia 02 de julho de 2014 (quarta-feira) uma roda de diálogos com o tema: Anarquismo e Educação. Temos como público alvo todas as pessoas interessadas em discutir sobre educação, dando ênfase axs profissionais da área, alunxs de licenciaturas e pedagogia e estudantes em geral (do ensino fundamental ao superior). O espaço ocorrerá na Sala Prof. Camilo Filho, CCHL-UFPI.

Pela manhã (08:33h) será exibido o documentário A Educação Proibida (La Educación Proihibida - Direção Germán Doin, 2012.) seguido de conversação sobre o mesmo. O vídeo esta disponível aqui

Na parte da tarde (14:01h) será discutido o Movimento Estudantil, onde apresentaremos um histórico do movimento desde o surgimento da UNE até a atualidade, além das visões e propostas anarquistas para a (re)organização do ME de forma classista, plural, horizontal, autônoma e combativa.

Finalizando, a noite (18:03h) trataremos da Pedagogia Libertária ou Educação Anarquista, de uma forma introdutória e acessível mesmo a quem não tenha nenhuma base teórica ou prática sobre pedagogia. Utilizaremos como base as argumentações desenvolvidas principalmente pelo Prof. Silvio Gallo (UNICAMP) em sua Pedagogia do Risco, cujo texto base está disponível aqui.

Além do texto, iremos nos basear também numa palestra de 2006, proferida na Faculdade de Educação da UNICAMP, que pode ser visualizada acessando o link.

Para acessar o evento marcado no facebook, click aqui

Saúde e Anarquia!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

MANIFESTO CAJUÍNA SUBVERSIVA

Manifesto de caráter libertário criado com o intuito de denunciar as contradições vividas pelo povo piauiense e desta maneira inquietar os corações sertanejos desta terra. Toma por base Teresina e agrega diversas temáticas como gênero, cultura, desigualdade social entre outros.




MANIFESTO CAJUÍNA SUBVERSIVA

O povo piauiense, quem somos (filhx da contradição):
Somos os filhxs do clima tropical semi-úmido e do semi-árido. Nascemos das veias do Parnaíba, Uruçuí Preto, Gurguéia e Poti. Somos à sombra da linha do Equador enraizada de cerrado, cocais, caatinga e manguezais.
Somos os filhxs da desigualdade social. Onde nossa população chega a 3.119.015 milhões de pessoas, nosso PIB é de 19 bilhões de reais e nossa renda mensal per capita em torno de meio salário mínimo. É o estado com maior índice de auxílio de programas sociais (em torno de 710.936 inscritos e 449.313 sendo beneficiários).
Somos os filhxs da baixa escolaridade com uma taxa de 22,9% de analfabetos e 15% de jovens que freqüentam o ensino superior.
Somos filhxs do racismo escancarado, com uma população em torno de 77% de pardos e negros, sendo que apenas 27% dos pardos e negros no Estado ocupam trabalhos com carteira assinada.
Somos xs filhxs do machismo a flor da pele, com altas taxas de violência contra a mulher, onde a cada 24 horas uma mulher é vítima de estupro. Onde as mulheres ainda ganham bem menos que os homens.
Somos xs filhxs que sofrem do mal da homofobia e transfobia onde o Estado está acima da média do nordeste de assassinatos de LGBTTs.

Da contradição à subversão:
A história de nossos genes é banhada de muita luta. Banhada do sangue do trabalho diário dos vaqueiros, das quebradoras de coco, dos pescadores, dos agricultores, da seca, da fome, do suor explorado dos criolos, dos Tremembés, dos Pimenteiras, Gamelas, Guaranis e Jenipapos, dos cafuzos e negros.
Subversão segundo o dicionário significa: revolta, insubordinação contra a autoridade, as instituições, as leis e os princípios estabelecidos. Em nossas veias corre um sangue concentrado de subversão. Dxs índixs que não aceitaram sua exploração, xs negrxs que rompiam com a escravidão, os vaqueiros e agricultorxs que a beira do Jenipapo lutaram por independência, xs jovens e sem teto que desafiaram o Estado na Vila Irmã Dulce, xs estudantes que lutaram no #ContraoaumentoTHE e na Batucada Feminista, a nossa subversão está nos genes, vem no sangue, vem da contradição social que nos assola brutalmente.

A Mesopotâmia
E Teresina?
A cidade mesopotâmica, contempladora do Velho Monge, de origem pesqueira, artesã e de agricultura familiar. Hoje, grande cidade, com 814.230 habitantes está numa situação cada dia mais caótica.
Mobilidade urbana inexistente é a prova da verdadeira bagunça e falta de respeito. Nossas ruas a cada segundo entupidas de IPI zero, péssimos transportes, valores absurdos de transporte coletivo.
A poluição toma conta da Mesopotâmia. A poluição dos rios que irrigam nosso solo, do ar que penetra nossos pulmões, dos solos que nascemos e do som que ouvimos chega a ser depressivo. O Parnaíba, o Poti, nossa fauna devastada, nossa Floresta Fóssil aniquilada e nossa flora deixada de lado.
Vazios demográficos urbanos, marginalização social, coronelismo urbano, destruição de espaços culturais, multiplicação de estacionamentos e negação da arte.
Em nossas Universidades, movimentos culturais e sociais não fervilham mais. Não há festivais, não há semanas, não há povo. Meros centros de educação vertical e autoritária. Chega à hora da cultura ferver, ebulir com mais de 40oC.

A Cajuína libertária contestadora
Deveras, a cultura chega ao seu máximo. Sua identidade e digital de um povo. No Piauí a diversidade é imensa, das heranças indígenas, negras e portuguesas. Cantigas de roda, o Boi, o canto do vaqueiro, o baião, o pífano, a rabeca, a embolada, o repente, as lendas, crenças e tantos. O chinelo de couro, a roupa simples, a miscigenação.
Mas não fiquemos presxs que cultura seja apenas isso. Teresina é uma cidade com fluxo de pessoas de várias cidades e estados, além de estar geograficamente próxima a várias outras culturas. Há um “mix” de diversos estilos, idéias, raivas, angustias, sonhos e artes.
Somos a contestação que cresce, a humanidade que não padece e a subversão que segue entre gerações.
Somos o punk, o metal, o regional, o reggae, o baião, a MPB, Witch House, o rock tradicional, o rap, o Tropicalismo, o Manguebeat, o funk, o samba, o eletrônico, o indie, o pós-punk, grunge, a psicodelia, o brega, o rastafári, o moicano, a barba, cada estilo, cada jeito de ser. Somos a liberdade. Somos a contestação. Somos a subversão!!
Ocupemos os muros, as universidades, as ruas, as praças. Ocupemos com a contestação e subversão que trazemos no sangue. Mostremos a voz que a mídia quer calar!
Que o belo e o “feio” se unam. Afinal, somos todxs belxs. Somos Todxs cultura. Somos arte!
Pixo, poesia, grafiti, aquarela, pintura em óleo, contos, prosas, música, teatro, dança, cinema... tudo é arte, tudo é cultura, tudo é contestação, tudo é subversão!

Pavel Gorki e Fernando Dias

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O psiu de cada dia,não nos dê hoje e nem amanhã.

Penso que a luta não vai acabar nunca.

Que as mulheres são fortes, mas tal força é capaz de mudar comportamentos como esse? E penso nas mulheres que pensam o mesmo que eu.
E me sinto mal por quase perder a esperança.
E penso em um possível estupro que possa acontecer.
E penso que já sou violentada antes mesmo.
E penso que quero cuidar dxs minhas/meus irmãs/irmãos que passam por isso que eu também passo.
E penso que eu tenho que pensar.
Pois eu to cansada de ignorar.
Penso que tenho que por ora me relembrar que eu não sou coisa a se brincar.
Me dá seu apoio, irmão.
Não me dê "psiu".
Você não precisa disso.
Eu também não.
"Vem cá", sua violência verbal quebrou minhas pernas.
 Cegou meus olhos.
Mas eu posso te ajudar a enxergar ainda.
Que o machismo não vai te ensinar a caminhar.

 Dandara Cristina

terça-feira, 10 de junho de 2014

I Simpósio "Histórico das ideias e do movimento Anarquista"

O GEAPI - Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí convida a tod@s interessad@s, desconhecid@s e velh@s companheir@s para o I Simpósio "Histórico das ideias e do movimento anarquista". O espaço, primeiro de uma pretensa e elaborada série de outras construções por vir, debaterá um pouco sobre a influência de pensamentos anarquistas ao longo dos movimentos e de suas histórias, trazendo a discussão e a importância deste diálogo para os meios e jeitos das organizações e movimentos coletivos da atualidade. O Simpósio também objetiva o conhecimento e reconhecimento e estudo de alguns pensamentos anarquistas." 
Assuntos abordados:

- A influência anarquista nos movimentos operários desde o século XIX; 
- Anarquismo no Brasil do século XX à atualidade; 
- Vertentes anarquistas atuais e seus campos de atuação.

Acontecerá neste sábado, 14.06.14. 
Programação:

Manhã: 
8:33 às 12:00: Debate sobre o tema.
14:00 às 17:03: Exposiçãoe debate do Filme "O Germinal"

Texto para debate: Anarquismo e anarquia, de Errico Malatesta (está na xerox do Marquinho, a amarela, no fim do CCHL)


Participe do evento no facebook clicando aqui