segunda-feira, 23 de março de 2015

Lançamento de livreto: Um programa e fuzis - Textos escolhidos sobre a Agrupação Amigos de Durruti



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"Saudações socialistas libertárias!

Mais uma vez o GEAPI – Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí disponibiliza textos no intuito de engrandecer e ampliar as perspectivas ácratas em língua portuguesa.
Desta vez, trazemos a público uma discussão pouco conhecida dentro dos círculos anarquistas nacionais e internacionais. Aos que começam a debruçar-se sobre a teoria e o movimento ácrata, por vezes encontram textos, enciclopédias, e livros tidos como “bíblias do anarquismo” que trazem um episódio histórico em que os socialistas libertários tiveram uma imensa participação: A Guerra Civil Espanhola.

Em quase todas estas, aponta-se motivos diversos que causaram a derrota da Revolução: Complôs e intervenções stalinistas, franquistas, estadunidenses; a falta de mantimentos para a luta armada; sabotagens realiza-das por agrupamentos trotskistas; mas em nenhum momento, a teoria defendida pela CNT-FAI (Confederação Nacional do Trabalho – Federação Anarquista Ibérica) para a Guerra Civil é colocada a prova, ou apontada como causae mortis daquela grandiosíssima insurreição popular.

Mas qual a teoria defendida pela CNT-FAI? Quem nos responde é a “Agrupação Amigos de Durruti”: Nenhuma; e por conta disso, ela capitulou ante a “Frente Popular”, abrindo espaço para todos os tipos de contrarrevolucionários. Segundo “Os Amigos de Durruti”, quem deixou escapar a Revolução (e por vezes a sufocou) foi a própria CNT-FAI, mantendo inúmeros militantes das duas organizações em ministérios do governo provisório, como Frederica Montseny e Diego Abad de Santillán.

Mais que um debate teórico, a crítica dos “Amigos de Durruti” às duas maiores organizações revolucionárias da Península Ibérica, é um chamado à autocrítica sincera e profunda do movimento anarquista como um todo, em seus vários enfrentamentos internos, como os coletivistas e anarco-comunistas, os sintetistas e os plataformistas, e atualmente, os anarcossindicalistas estadunidenses e os socialistas libertários turcos do DAF (Ação Anarquista Revolucionária).

As aparências enganam. O anarquismo não é tão homogêneo como apontam os autores George Woodcock e Max Nettlau, e para organizações anarquistas, presentes e futuras, é essencial considerar as proposições apontadas, não como uma imposição, mas uma necessidade teórica".

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